A Festa Sagrada de Wesak
Trecho do livro “Mistérios e Magias do Tibete”, de uma Jornalista Brasileira, relatando tudo sobre o Festival de Wesak, do qual ela participou. Seu pseudônimo é Chiang Sing.
* * *
Na manhã seguinte, após tomar o chá com bolos de gengibre que uma das criadas nos levou no quarto, saímos para o jardim ao encontro de nossos amigos. Estavam sentados num quiosque, no centro do grande jardim cheio de flores, apesar do inverno. Conversavam animadamente.
– Foi bom teres vindo – disse Mahima -, pois estávamos falando sobre a sagrada festa de Wesak.
– Sim, pois, hoje à noite o povo do Nepal vai festejar o Festival de Wesak, que é um dos mais importantes de toda a Ásia falou o Rajá.
Era a primeira vez que ouvíamos falar nesta festa e o seu nome estranho despertou em nós uma viva curiosidade.
– O que significa esta festa? – indagamos.
Foi o Rajá quem respondeu:
– Representa uma tradição multimilenar do Oriente, que todos os anos, na Lua Cheia de maio, é celebrada aqui no Nepal e também em alguns lugares da Índia e do Ceilão. Na grande hora da Lua Cheia, Maitreya – o Buda da Compaixão – derrama suas bênçãos sobre o mundo.
– Aliás, estas bênçãos – disse o Dr. Vessantára – são maravilhosamente excepcionais, porque devido a sua alta categoria nos planos espirituais, nosso senhor Buda tem amplo acesso aos planos da natureza que estão muito longe do nosso alcance. Portanto, ele pode transmutar e transferir ao nosso mundo, a divina energia dos mundos superiores. Sem o auxílio do Buda, jamais estas energias poderiam chegar até nós.
– E por que não? – indaguei, curiosa.
– Vessantára olhou para o Rajá e os dois sorriram, e após uma breve pausa o Rajá falou:
– Porque as vibrações do nosso bem-amado Buda são tão formidáveis e tão incrivelmente rápidas, que seria-nos impossível percebê-las. Mas, no plenilúnio de maio, suas bênçãos se difundem pelo mundo inteiro, levando harmonia e paz inefável a todos os que estão preparados, para receber os divinos dons.
Estas palavras do Rajá calaram fundo em nossa alma, mas ainda assim, não tínhamos percebido o sentido oculto da festa de Wesak. E continuamos perguntando:
– Por que razão esta bênção maravilhosa só é dada no plenilúnio de maio?
– Porque é no mês de maio – disse o Rajá – que no calendário da Índia, Nepal e Ceilão é chamado Wesak, ou Festa da Lua Cheia de Maio. Nesta época festejamos os acontecimentos mais importantes da vida de Buda, o Iluminado. Contudo, a aparição que surge na Festa da Lua Cheia não é a de Sidarta Gautama, o Buda, mas sim de uma de suas emanações divinas conhecida como Buda Maitreya, ou Buda do futuro.
– E todos podem ver esta divina aparição da sombra do Buda? – indaguei perplexa.
– Nem todos… – retrucou o rajá – somente aqueles que estão preparados espiritualmente e têm aberto a sua 3a. visão ou terceiro olho espiritual. Consta que nesse dia sagrado, muita gente vaga inutilmente de um lado para outro nas montanhas, sem encontrar o lugar onde é celebrada a Festa da Lua Cheia. É como se o “véu de Maya”, a grande ilusão, ocultasse este lugar dos olhos curiosos.
Diante disto ficamos preocupados. Acaso seríamos dignos de ir a esta festa e ver a sombra do Buda?
Como que adivinhando meus pensamentos o rajá falou: – Recebi ordens dos Mestres da Fraternidade Branca do Oriente para levá-las à festa de Wesak.
– Mas. .. quem são estes Mestres da Fraternidade Branca do Oriente, indaguei curiosa.
– São Seres Ascensionados, livres de toda imperfeição, que vivem no plano espiritual e se comunicam conosco através de seus discípulos, muitos dos quais vivem aqui no Nepal.
Nossa alegria foi tanta que mal pudemos balbuciar um agradecimento.
Naquela mesma tarde, às três horas, nosso grupo liderado pelo rajá e pelo Lama Kazi, deixou o palácio no centro de Gangtok e partiu rumo ao vale do rio Tista. Os cavalos atravessaram um longo caminho que nos levou ao fundo de uma garganta, depois a vales férteis onde homens e mulheres pastoreavam cabras.
Levamos cerca de uma hora subindo, galgando altura gradativamente. Afinal alcançamos uma ravina e mais adiante um platô, que parecia situar-se a meio caminho entre a base e o cimo da montanha. Ali, desmontamos, entregamos nossos cavalos a um servo que nos acompanhava e continuamos andando a pé. Passo a passo, guiados pelo lama Kazi, fomos por um estreito vale que se aprofundava cada vez mais na floresta. Para além do vale, vimos uma tortuosa região cheia de íngremes colinas. A estrada foi se encaracolando pela extremidade norte, e em seguida, cortando através de uma abertura na montanha, chegamos a uma colina verde e deserta.
Um pouco mais adiante era a planície à qual chegamos por um caminho árido e pedregoso. Um regato corria manso na parte ocidental da planície. Numa clareira aberta entre enormes carvalhos, vimos um altar feito de pedra, onde se espalhavam muitas guirlandas de flores. Um grupo de ascetas lá estava sentado no chão, meditando. Eram todos bem idosos. Os cabelos e as barbas longos e brancos. Usavam apenas uma tanga de algodão amarelo, e seus corpos eram magros e bronzeados.
– Aqueles homens são os “naljorpas” tibetanos – murmurou o lama Kazi.
– Naljorpas – repetimos intrigados.
– Sim, são os monges peregrinos que na véspera do plenilúnio descem de suas ermidas, e vêm aqui prestar sua homenagem ao bem amado Buda.
Mais adiante, vimos alguns homens armando uma fogueira com madeira de sândalo.
– Breve virá a noite – disse o Rajá – e eles estão preparando a fogueira do ritual do Wesak. Dizem que quando participamos de um ritual, ajudamos a gerar uma força redentora para toda humanidade.
– Como assim? – indagamos.
– No ritual, os pensamentos e aspirações de todos os participantes, unindo-se às forças da Natureza e às energias Divinas, criam um poderoso vórtice para o Bem, um pensamento absoluto, que atrai para a terra o poder e a bondade de Deus.
Escolhemos um lugar perto do grupo dos ascetas e nos sentamos no chão, silenciosamente, à espera da grande cerimônia ritualística. Os peregrinos foram chegando em religioso silêncio. Sentavam-se ordenadamente no chão, tendo o cuidado de deixar um amplo espaço livre diante do altar. Todos vestiam longas túnicas amarelo-laranja – a cor dos discípulos de Gautama, o Buda.
O Rajá tinha providenciado para que nós também vestíssemos túnicas de algodão amarelo, por cima das pesadas roupas de lã, pois o frio era intenso. Também tínhamos nos purificado de acordo com a tradição, tomando um banho com pétalas de rosas brancas, e defumado nosso corpo e nossas roupas com incenso e benjoim.
Observamos em silêncio os rostos graves e serenos dos ascetas que estavam perto de nós. De repente, um deles se levantou. Era um velho alto e esguio e toda a sua pessoa emanava um grande magnetismo. Uma menina de uns sete anos aproximou-se e entregou-lhe uma caixinha de laca vermelha. O velho abriu-a e foi tirando pós coloridos verde e alaranjado. Com estes pós, traçou um grande círculo de uns três metros de diâmetro. No meio do círculo vieram se sentar três velhos ascetas. Seus rostos tinham uma expressão tranquila e hierática. Uma pequena orquestra, composta de flautas e gongos, começou a tocar uma música muito suave. Sob o céu estrelado, sentados no chão com as pernas cruzadas, na postura do lótus, os ascetas balançavam o corpo ao ritmo de um cântico suave, elevando suas preces ao Cosmos, enquanto perto deles subia a espiral prateada do incenso. No Oriente, nenhuma cerimônia mística está completa sem a queima de resinas aromáticas. O costume de queimar incenso não é uma fantástica superstição nem um rito extravagante, mas sim um símbolo da harmonia do homem com a grande consciência cósmica, por meio da prece e da meditação. Ademais, o uso do incenso é inteiramente científico. Todos os que estudam ocultismo sabem que não há matéria morta, mas todos os seres e todas as coisas da Natureza possuem e irradiam suas vibrações ou combinações de vibrações. Cada elemento químico tem, portanto, suas influências peculiares, que são úteis em determinado sentido e inúteis e até mesmo nocivas, em outros. Quando misturamos diferentes resinas, como o incenso, o benjoim e a mirra, elas ao serem queimadas estimulam as emoções puras e nobres, purificando aquela parte da natureza humana chamada corpo emocional ou astral. Seu efeito é semelhante ao de um desinfetante, que ao espalhar-se pelo ar, destrói os germes patogênicos, embora o incenso e outras resinas aromáticas atuem nos planos superiores da matéria sutil.
À medida que o cântico dos ascetas se elevava, numa suave cadência, um lama vestido com um rico manto amarelo, que segundo soube tinha vindo de um mosteiro da cidade santa de Lhassa, estendeu as mãos finas e magras sobre o braseiro perfumado.
– O que será que ele está fazendo? – perguntei.
E o rajá respondeu:
– Magnetizando o incenso para aumentar seu poder, estimulando nosso corpo fluídico, a fim de percebermos melhor as emoções que nos vêm dos planos superiores.
Cerca de uma hora antes do plenilúnio houve um estranho fenômeno, que ainda hoje custo a acreditar. Vimos, nitidamente, formar-se perto dos três ascetas que estavam sentados no meio do círculo colorido, uma nuvem cinzenta. A nuvem condensou-se aos poucos até formar a figura de um homem jovem ainda, de pele morena, traços finos e olhar brilhante. Vestia uma túnica branca flutuante e envolvia sua cabeça um turbante de seda azul-claro.
– Que maravilha! Quem é ele? – indaguei perplexa.
– É a forma fluídica do Mestre ascensionado El Morya, um dos grandes Mestres da Fraternidade Branca do Oriente – explicou o lama Kazi. Ele é o Senhor do primeiro raio cósmico que representa a força, o poder e a proteção da vontade divina; através dele é manifestada no Universo esta vontade. Estadistas, Guias e Orientadores da humanidade, homens com grande tendência para a realização de um ideal construtivo, possuem em seus corpos etéricos uma larga faixa de cor azul, pois estão em harmonia com o Mestre El Morya.
– Ah! exclamei interessada. Fale mais sobre ele!
E Kazi continuou falando:
– Consta que ele viveu num continente antiquíssimo, que há milênios desapareceu da face da terra. Seu santuário fica ao pé da montanha do Himalaia, na cidade de Darjeeling. El Morya é o grande mestre que tem responsabilidade sobre a orientação e o desenvolvimento da Ásia e seu povo. Ao mesmo tempo, pertence-lhe o controle dos governos de todo o mundo. Dizem que no tempo de Jesus, foi ele Melchior, um dos três reis sábios do Oriente. Depois encarnou como o lendário rei Artur, da sagrada Taça do Santo Graal e sua última encarnação foi como o poeta irlandês Thomas More. Junto com ele, trabalham também no primeiro raio cósmico azul, o Arcanjo Miguel e o poderoso Elohim Hércules.
– El Morya! – repeti comovida, enquanto olhava a maravilhosa materialização de sua forma fluídica.
Era como se o nome do mestre pusesse uma nota de paz na minha mente e na minha alma. Seus grandes olhos azuis tinham um brilho tão intenso, que penetravam o mais íntimo do meu ser.
Ao lado dele, vimos aparecer uma luminosidade branca, com cerca de meio metro de altura e uns vinte centímetros de largura. Era a primeira vez que assistíamos a um fenômeno de materialização e ficamos incrédulos e ao mesmo tempo, alegres e maravilhados.
A luminosidade branca desapareceu rapidamente e logo surgiu diante de nós a figura magnífica de um velho de rosto fino e aristocrático, longas vestes brancas e cabelos grisalhos, repartidos ao meio e caindo-lhe pelos ombros em sedosas ondas. Ele movimentou os braços num gesto de bênção e andou até o centro do círculo onde estavam os três ascetas. Tinha uma aparência normal, como teria qualquer um de nós vestidos de branco.
Cinco materializações sucederam-se a esta, num curto espaço de tempo. Todos tinham uma linda formação de ectoplasma, arredondada de uma viva fosforescência meio azulada, dando a impressão do crepitar de uma chama.
Isto para nós era espantoso! Mas para todos que estavam ali não parecia nada anormal. Eram fatos que confundiam nossa inteligência, pois embora já tivéssemos ouvido falar sobre fenômenos de materialização, ainda não tínhamos visto nenhum. Muitas das investigações de cientistas como Charles Richet, professor da Universidade de Paris, Enrico Morseli, famoso psiquiatra italiano, Sir Oliver Lodge e numerosos outros nomes importantes, já eram do nosso conhecimento. Mas, presenciar tantas materializações assim, numa noite de lua clara, em plena mata oriental, era algo deslumbrante e quase inacreditável!
Observamos que os seres materializados conversavam naturalmente com todos e o mais curioso é que falavam no idioma tibetano ou páli, e cada um de nós entendíamos suas palavras como se fossem ditas em nossa própria língua, num misterioso fenômeno telepático…
A um sinal do Mestre Morya, trouxeram uma tigela de ouro cheia de água de uma nascente próxima. O mestre segurou-a delicadamente entre as mãos e colocou-a sobre o altar, entre as grinaldas de flores.
Começaram então os cânticos mais sagrados. Uma doce brisa melódica chegou aos meus ouvidos. A isto seguiu-se uma explosão de música de uma beleza perfeita, mas diferente de qualquer outra que eu já ouvira. Tinha sons de uma delicadeza e ternura tão penetrantes, impossível de descrever. Eu escutava perplexa e deslumbrada.
Ao meu lado ouvi a voz de Kazi dizendo baixinho:
– Apenas os fragmentos do grandioso cântico dos Mestres é que chegam aos seus ouvidos, pequenina irmã!
Sentia-me comovida, incapaz de falar. Um doce espanto grudava os meus lábios. Gostaria de perguntar muitas coisas ao lama Kazi, mas era como se eu estivesse com a mente em branco.
Kazi percebeu a minha emoção e continuou dizendo:
– Dentro em pouco se materializará aqui, toda a grande assembleia dos Mestres da Fraternidade Branca do Oriente. Esta Fraternidade foi fundada há doze mil anos, no princípio da Idade Negra ou kaliyuga, que terminou em 1918. Assim cumpriu-se um ciclo evolutivo e começou outro também de doze mil anos. O regente desta Fraternidade é o Maha-Guru Baghavan Naraiana. Depois dele vêm os trinta e nove Anjos Planetários e que vivem em Badari Vana, região montanhosa ao norte do Himalaia e que serve de centro para a poderosa atividade dos Mestres.
Fiquei ouvindo em silêncio. Logo minha atenção foi atraída por uma intensa luminosidade que se fez diante do altar…
Novos sons maviosos vibraram no ar e então por uma grande nuvem luminosa, surgiram os quarenta Mestres que regem a Fraternidade Branca do Oriente. A princípio pareciam seres etéreos, vestidos com amplas túnicas brancas que
flutuavam no ar, sem tocar a terra. Pouco a pouco suas figuras luminosas foram se adensando até que se tornaram muito reais. Um deles falou:
– Nós, os seres cósmicos, os Elohins, os Arcanjos, vos chamamos e vos estendemos nossas mãos, ó humanidade sofredora! Deixai a discórdia da terra e tornai-vos nossos discípulos, tornai-vos o canal, a taça de cristal resplandecente de luz, por onde fluirá o nosso amor, nossa sabedoria e nosso poder. Ergo a minha mão direita e envio jatos de chamas azuis a todos que precisem de uma intervenção divina! Nada resiste a esta luz cósmica, nada pode subsistir que não seja luz!
Vimos que de suas mãos diáfanas emanavam grandes luzes azuis. Ficamos confusos. Estaríamos mesmo vendo tudo aquilo, ou acaso éramos vítimas de uma sugestão hipnótica? Não tive tempo para raciocinar, pois logo, acima do altar, vimos formar-se um grande sol luminoso, como se refletisse a luz de milhares de sóis. Deste sol saíram sete raios dourados que se irradiaram sobre todos nós e logo se fundiram numa brilhante forma imprecisa.
– Olha! É o Buda Maitreya que vem abençoar a humanidade! – murmurou o rajá Dorge trêmulo de emoção.
Eu mal podia acreditar nos meus próprios olhos.
E todos cantaram:
– Tudo está pronto. Vem, ó Mestre! Vem!
Era o momento exato do plenilúnio. Pouco a pouco a aparição foi se definindo, até que vimos a figura do Buda Maitreya, o Buda do futuro.
Todos se ajoelharam e inclinaram a cabeça, logo ergueram o busto e com as mãos estendidas para a divina aparição, cantaram implorando sua bênção.
O Ser Excelso que flutuava acima do altar aparecia sentado, com as pernas cruzadas na postura do lótus, vestido com uma túnica amarelo-dourada. A mão direita apontava para o céu e a esquerda para a terra. Seu belo rosto, cor de marfim, refletia uma beleza extraterrena e uma grande serenidade. Os olhos eram intensamente azuis, de um lindo azul-violeta, os cabelos escuros lisos e brilhantes caindo-lhe sobre os ombros.
Terminados os cânticos, o Ser Excelso pegou a tigela dourada que estava sobre o altar e, durante um momento, ergueu-a acima de sua própria cabeça. Ao repor a tigela sobre o altar ele sorria bondosamente.
Súbito, uma chuva de pétalas de flores caiu sobre todos nós e um perfume maravilhoso espalhou-se pelo ar. Logo, a aparição de Buda esboçou um gesto de bênção e aos poucos foi desaparecendo até sumir completamente.
O povo cantou a saudação do ritual:
Hari! Om! Tat! Sat! (Senhor Tu és Aquilo! Inexpressável Unidade!)
À medida que o Buda Maitreya – a representação máxima da força crística – desaparecia, foram desaparecendo também as formas materializadas dos Mestres da Fraternidade Branca do Oriente. A uma ordem dos ascetas que regiam a cerimônia, formamos uma fila e cada um de nós bebeu um pouco da água que estava na tigela de ouro, contendo as vibrações do Buda Maitreya.
Depois todos se saudaram, unindo as palmas das mãos sobre a testa, num sincero “namastê” e cada um foi se retirando.
Por algum tempo fiquei imóvel, perguntando a mim mesma se tudo o que vira não fazia parte de uma visão fantástica ou de um sonho. Até hoje não posso explicar as desencontradas emoções que senti durante o santo Festival de Wesak aos pés dos Himalais. Hoje, ao tentar reconstituir este tesouro de lembranças que guardo na minha alma, repito para mim mesma o velho provérbio chinês do “Shan Hai King” ou Livro das Terras e Mares:
“As coisas que o homem conhece verdadeiramente, não podem ser comparadas em número com as que lhe são desconhecidas…”
Ao recordar as visões do Festival de Wesak, sinto-me ainda à mercê de uma força impenetrável e misteriosa que faz com que eu pare de ser eu mesma, para me transformar no canal difusor dos sublimes ensinamentos dos Mestres da Fraternidade Branca do Oriente.
Que eles nos abençoem e nos ajudem a cumprir nossa missão sobre a terra!