Mudança da Sede de Camaçari-BA para Piatã (Chapada Diamantina)-BA
Observação: Esta é uma história real. Os nomes dos personagens são fictícios; qualquer semelhança é uma mera coincidência.
Durante o período de 2 a 3 anos, desenvolvi uma dor na vértebra lombar, a qual irradiava por toda a perna direita e se estendia para os dedos dos pés e o calcanhar. Eram dores muito fortes, que foram aliviando, após ser submetido a algumas sessões de quiropraxia. Nesse tempo, o Semente ainda funcionava em Camaçari e as meditações, no Espaço Interclin, onde eu atendia como Psicanalista, Psicoterapeuta e Terapeuta de Regressão. Quando sentia essas fortes dores, me automedicava com analgésico, o que aliviava por alguns momentos. Eram dores tão fortes, que chegavam ao centro da cabeça. Durante as práticas de regressão, uma entidade se manifestou em uma dessas sessões e me disse:
– Essa dor que você sente não adianta remédio. Ela só irá passar quando você for a um determinado local na região da Chapada Diamantina. Lá, você deverá tomar um banho de cachoeira e subir o monte que fica ao lado.
O local exato, para onde eu deveria ir, não me foi revelado. Disseram-me que no momento certo eu saberia.
Um dia, um amigo foi visitar a namorada na Cidade de Piatã, que fica a 580 km de Salvador. Passou o fim de semana com ela, que o levou para conhecer diversos locais interessantes da cidade. Visitando os Gerais, em um monte, ao olhar para um dos lados, esse amigo me avistou em cima desse monte. Quando fixou a atenção, a imagem de Almeida desapareceu. Impressionado com o ocorrido, perguntou a si mesmo – O que Almeida está fazendo aqui? – Bem, seguiram com o passeio e, posteriormente, dirigiram-se à pensão. Após aprontar-se para jantar, ao sair de seu quarto, chegando ao hall da pousada, se surpreendeu novamente com a figura de Almeida; desta vez, realizando um atendimento de cura em uma pessoa. Novamente? – pensou. Aquilo o deixou intrigado. Então, ligou-me para contar o fato: E me disse:
– Amigo, você tem um trabalho a fazer aqui em Piatã; pois o vi nitidamente aqui, em dois lugares.
– Mas eu nem sei onde é essa cidade! – disse-lhe.
Com isso, ele mandou-me uns mapas com indicações para que eu pudesse chegar à cidade. Passou-me o número de telefone de sua namorada e combinamos um passeio para Piatã em um outro fim de semana. E assim foi. Ao chegarmos lá, a namorada desse amigo apresentou-me a alguns residentes da cidade. E, me identificando como Psicanalista, essas pessoas mostraram-se interessadas em que eu realizasse palestras. Então, organizaram-se para que eu pudesse fazer esse trabalho. Em uma Associação de Cafés, realizei algumas palestras na sexta-feira e no sábado; posteriormente, em um colégio. Mostraram-se bastante satisfeitos com o trabalho que desenvolvi. Falei muito sobre ISA, sobre as faces da mente, fiz algumas experiências com técnicas de Hipnose, o que chamou muito a atenção das pessoas. Notando o interesse, propus que formassem um grupo de estudos. E deixei o livro do ISA, “Desvendando os Mistérios do Apocalipse”, para que dessem início às leituras; ficando sob a responsabilidade de Batista. Todas as quintas-feiras, reuniam-se entre nove e dez pessoas para o estudo do referido livro. Dois meses depois, retornei à cidade para a realização de mais palestras. O grupo de estudos durou por volta de sete meses e, durante este tempo, Ângela, proprietária de uma pousada no centro de Piatã, reservou um quarto para realizarmos o Cerimonial da Estrela – como sempre, acontecendo às quintas-feiras. O grupo, com o tempo, se desfez, ficando poucas pessoas.
Em uma dessas viagens à Piatã, perguntei a Ângela se na região havia alguma cachoeira que fosse ao lado de um monte. De imediato, ela identificou como sendo a Cachoeira do Patrício, que tem 80 metros de altura. Disse-lhe que gostaria de ir até lá. Entramos no carro eu, Ângela e Lúcia e nos dirigimos para lá. Já no Patrício, coloquei-me sob a queda d’água. Senti a água cair em minhas costas como se fossem agulhas. Ao sair da cachoeira, disse a Ângela que eu gostaria de subir o monte. Como era próximo de onde estávamos, seguimos para lá. Já distante e na base do monte, ela disse-me:
– Como você vai subir, deve demorar um pouco. Nós iremos à cidade e logo voltaremos para lhe buscar.
Concordei e segui rumo a iniciar a escalada do monte. Não tenho ideia de como subi esse monte tão rapidamente; praticamente flutuei até o seu topo, pois era essa a sensação. Chegando ao topo, dediquei alguns minutos à meditação. Enquanto isso, o carro, lá embaixo, havia atolado na areia. Após descer o monte, não haviam saído do lugar. Ao me verem, ficaram impressionadas com a rapidez com que eu consegui subir o monte, meditar e descer em tão curto tempo. Bem, voltamos para a cidade. E desse dia em diante, eu não senti mais nada na perna nem no pé direito e nem na coluna. Hoje, raramente sinto um leve queimor nos dedos do pé esquerdo, que passa facilmente ao ingerir um analgésico infantil.
Algum tempo depois, Araújo resolveu conhecer Piatã, e gostou tanto da cidade que alugou uma casa e montou seu consultório de Odontologia. A partir daí, o Cerimonial da Estrela foi transferido da casa de Ângela e passou a ser realizado em sua residência e consultório. Depois de mais algum tempo, Paulo, que fazia parte do Movimento, tinha planos de ir para Indaiatuba, São Paulo, mas, ao conhecer Piatã, alugou uma casa para morar e uma outra para colocar seu consultório e também as meditações do Semente, até então funcionando na casa de Araújo. Paulo, então, desistiu de Indaiatuba, mudando-se para Piatã. Na casa que alugou para realizar suas consultas como Terapeuta, reservou uma sala para que o Cerimonial fosse realizado. Tanto Paulo como Araújo dividiam o tempo e as atividades entre Salvador e Piatã. E, aos poucos, o Semente foi se desenvolvendo em Piatã, sob a coordenação de Paulo, anunciando suas palestras associadas à Filosofia do Semente. Depois disso, fizemos um encontro em Piatã, reunindo pessoas que também frequentavam o Semente em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais. Durante esse grande encontro, uma moradora de Piatã, presente no Encontro, decidiu, em público, doar um terreno para a construção da sede do MPVEC, em Piatã. Então, assim que tivemos oportunidade, demos início à construção do Monumento da Estrela; entretanto, apareceram algumas condições; uma delas foi que o seu filho fizesse parte do Estatuto do Semente. O fato é que já existia um Estatuto e, para que ele assumisse alguma função estatutária, deveria candidatar-se em uma nova Assembleia. Não compreendendo a situação, desistiu de doar o terreno. A construção que havíamos dado início, tivemos que demolir. Tempos depois, em um determinado encontro geral, na cidade de Piatã, Ângela resolveu doar o terreno onde hoje está construído o Templo – um local bastante pedregoso, havendo a necessidade de dinamitar parte dele para que o terreno fosse aplanado e pudéssemos iniciar a construção, ficando o projeto a cargo de minha filha mais velha, que é arquiteta, e a construção, a cargo de Araújo, que pegou as plantas e, morando em Piatã, administrou toda a obra e fez acontecer o Templo do ISA na cidade de Piatã.
Assim, durante toda a obra em Salvador, criávamos eventos com o intuito de gerar recursos para dar continuidade à obra gerenciada por Araújo. Com muito esforço, conseguimos o suficiente para a sua finalização. O orçamento final fechou em R$ 295.000,00 (duzentos e noventa e cinco mil reais), inclusive a viagem para a Índia, pois a viagem custou R$ 32.500,00, dentre outros valores. Inicialmente, conseguimos erguer somente o primeiro piso do Templo; pusemos uma laje, pois a intenção era darmos continuidade à parte superior. Fizemos a inauguração e, em seguida, seguimos com as obras do piso superior. Já na fase de acabamento deste, Pedro ofereceu-se para ajudar na conclusão – rebocos, assentamento de pisos, instalações elétricas hidráulicas etc. Enquanto isso, continuei a buscar meios de gerar recursos e encomendei a produção da Cúpula (toda em fibra de vidro), para que finalizássemos a cobertura do Templo. De acordo com as orientações da Espiritualidade responsável, ISA (Yeshua ou Jesus). Depois, recebemos, em meditação da madrugada, uma orientação que, para a inauguração do Templo, teríamos que ir buscar a energia na Índia, no Nepal e no Tibet. Os dois missionários, Janaína e Almeida, partiram para a missão orientada pelo Mentor do MPVEC. Leia sobre os detalhes da viagem no capítulo “Primeira Viagem Missionária ao Oriente”.
E, assim se deu a ida do MPVEC Semente Estelar para Piatã; iniciada pelo ISA, identificado por um amigo, com a aparição da imagem de Almeida, por duas vezes, e a sua confirmação na Cachoeira do Patrício. Esses eventos sinalizaram a necessidade de implantarmos a sede do Movimento nessa cidade.
(Continuação: História do MPVEC Semente Estelar: Primeira Viagem Missionária ao Oriente)